O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) cassou ontem a decisão que condenou o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) por improbidade administrativa.

Com isso, o TJ abriu caminho para que o ex-prefeito assuma novo mandato de deputado federal no dia 1º. Foi com base nessa condenação que o TRE-SP havia enquadrado Maluf na Lei Ficha Limpa.

Maluf havia sido condenado em abril por ter comprado frango superfaturado para a Prefeitura de São Paulo, quando ainda administrava a cidade, em 1996. Segundo o Ministério Público Estadual, a operação deu um prejuízo de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos (isso é o que sabemos), Segundo o voto do relator do processo, Nogueira Diefenthaler, que foi seguido por três dos cinco desembargadores, não ficou comprovado o dolo ou a culpa grave de Maluf.

Balanço

Até ontem, um terço dos políticos julgados pelo TSE teve candidaturas liberadas. Em 196 casos de políticos considerados fichas-sujas pelos TREs, 59 conseguiram confirmar seus registros. Ainda há mais de 70 casos pendentes.
 

... I A  INTERPOL ???

Com o seu nome listado entre os procurados pela Interpol internacional vira definitivamente uma lenda, desperta invejas e até orgulha os seus correligionários corruptos, com se isso fora uma espécie de indicação para o Oscar, o locupletador do século.

Não é à toa, que o político paulistano chegou a esse patamar. Desde 1970, quando foi prefeito de São Paulo, que os processos de corrupção contra ele povoam os fóruns da justiça brasileira. Um pioneiro, foi o primeiro político a ser acusado de depositar dinheiro brasileiro de superfaturamento em paraísos fiscais.

Um mestre na procrastinação processual. Consegue no pequeno espaço do STF, onde tramitam todos os seus processos, evitar que eles sejam julgados, imobilizados há décadas, numa prateleira qualquer.

Um das chaves do sucesso da impunidade do mestre Maluf são os advogados. Uma plêiade de mestres do direito, pagos regiamente e há tanto tempo, que estão até inclusos, como dependentes, no seu imposto de renda.